segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Mês de Consciencialização sobre o Glaucoma




A leitura do artigo que se segue mostra-nos a importância da consulta de rotina de oftalmologia, em especial quando há antecedentes familiares patogénicos ou mesmo quando a idade o aconselha como é referido no artigo.
Este é o mês de alerta para este problema que é de todos os dias e que pode ser de qualquer um, daí a importância da sua prevenção visto que é uma doença sem manifestações indicadoras, sem cura e que leva à cegueira...evitável.
Leia o artigo e previna-se.
Comunique aos seus amigos e familiares. Divulgue, não custa nada.

GLAUCOMA

O glaucoma é uma das principais causas de cegueira em Portugal, sobretudo nas pessoas mais idosas. Felizmente, a perda de visão provocada pelo glaucoma é evitável, se detectada a tempo.

O glaucoma é uma doença do nervo óptico em que este é afectado pelo aumento de pressão intra ocular, diminuição da irrigação e outros factores acessórios. Estas alterações provocam uma típica perca do campo visual assim como alterações macroscópicas do nervo óptico (escavação) que ajudam a definir esta doença.

A alteração mais sugestiva de glaucoma são as perturbações no campo visual já que pode existir glaucoma com Pressão intra-ocular “ normal ” (abaixo de 21 mmHg) ou escavação do nervo óptico grande sem glaucoma . Entende-se por escavação, zona do nervo óptico que não tem fibras nervosas.

Existem basicamente 2 tipos de glaucoma:

Glaucoma crónico de ângulo aberto

É sem duvida o mais comum (90%) e resulta da perca de eficiência da zona de escoamento do humor aquoso . Este transtorno vai originar um aumento da pressão intra-ocular com consequente lesão do nervo óptico. A lesão evolui lentamente e é indolor.

Glaucoma agudo do ângulo fechado

Bloqueamento súbito da zona de escoamento com aumento importante da pressão intra-ocular ( > 45 mHgm ) e provocando visão turva, dores de cabeça, dor ocular interna, auréolas com cores, náuseas e vómitos, olho vermelho, etc. Constitui uma emergência em oftalmologia o tratamento dum ataque de glaucoma agudo .
O habitual glaucoma crónico, o mais frequente, pode passar despercebido pelo doente. Infelizmente não dá dor, diminuição da acuidade visual inicialmente e quando o doente se apercebe que algo não está bem, então é porque a doença já está muito avançada.

Por estas razões torna-se imperativo um diagnóstico precoce afim de evitar uma perca de visão que é perfeitamente evitável. Assim, torna-se mandatório, a partir dos 40 anos, na consulta de oftalmologia, medir a pressão intra ocular (tonometria), avaliar o nervo óptico (oftalmoscopia), inspeccionar o ângulo de drenagem doolho (gonioscopia).


Sempre que existe suspeita , outros exames são importantes:

» Campos visuais

» Tomografia do Nervo Óptico

No tratamento do glaucoma é sempre necessário não esquecer que:

* As lesões já existentes não podem ser revertidas.

* O tratamento existente actualmente é muito eficaz e destina-se a prevenir ou deter a evolução de lesões glaumatosas.

* O tratamento é crónico, isto é, para toda a vida, só o oftalmologista pode interromper ou mudar a terapêutica (nunca fazer por iniciativa própria).

* O fundamento do tratamento do glaucoma consiste em baixar a pressão intraocular. A maioria dos doentes consegue baixar a pressão intra ocular apenas usando colírios. Se esta situação falhar é possível fazer laserterapia - trabeculoplastia, no glaucoma de ângulo aberto, ou iridotomia, no glaucoma de ângulo fechado.

Uma outra alternativa de tratamento é a cirurgia:

Trabeculectomia - Criação de uma nova saída do humor aquoso com o objectivo de baixar a pressão intra ocular. Embora as complicações da cirurgia moderna raramente sejam graves, elas podem ocorrer, assim como em qualquer intervenção cirúrgica . Por esta razão, a cirurgia está indicada quando o risco de lesões do nervo óptico provocadas pelo glaucoma, é maior que o risco cirúrgico.

Conclusão

Devido a esta doença provocar cegueira, que é evitável, e não dar sintomas nas fases iniciais, o tratamento é mais eficaz nas fases precoces.

Vá ao oftalmologista cada 1-2 anos se:
» Tiver mais de 39 anos.
» Algum familiar tem glaucoma.
» Tem miopia.
» For de origem Africana.
» Já sofreu alguma lesão ocular grave.
» Toma medicamentos, ansiolíticos, tranquilizantes, corticoesteroides.
» Sofre de doença cardio-vascular.

* Se tem Glaucoma não se esqueça:

Nunca interrompa o tratamento sem ordem do oftalmologista.
O tratamento é crónico, é para sempre.

http://medicosdeportugal.saude.sapo.pt/action/2/cnt_id/650/?textpage=2

Fonte: Centro de Oftalmologia do Algarve

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